A presidente da Raríssimas, afiambra-se

Presidente da Raríssimas acusada de usar subsídios públicos para fazer vida de luxo

Na sequência do escândalo, apresento pela TVI, sobre o uso indevido de subsídios públicos, o repórter da Fake News (FN), solicitou de imediato uma entrevista à Presidente da Associação Raríssimas (PAR). Entrevista essa que "Os Piratas do Reino" apresentam na integra.

FN - Segundo a TVI, a Srª presidente tem usado dinheiros públicos, em proveito próprio.

PAR - Não é essa a minha interpretação, acontece que sendo eu uma pessoa 100% vocacionada para a solidariedade, limitei-me a ser também solidária comigo própria.

FN - Mas existe também os bons salários e outras alcavalas destinadas ao seu filho e ao seu marido.

PAR - E o senhor acha que eu ficava bem com a minha consciência se não estendesse também a solidariedade à minha família. Sabe, o meu conceito de solidariedade é muito abrangente. É assim uma espécie de solidariedade em 360º, percebe?

FN - E em relação às roupas caríssimas que são compradas com dinheiro da Raríssima?

PAR - Era o que faltava eu andar vestida com roupa da boutique alcofa. Já agora veja lá se, para comprar roupa, me queria ver metida na feira de Carcavelos, no meio daquela gentalha, ainda por cima sujeita a apanhar uma doença rara.

FN - E Quanto ao Carro de luxo, adquirido em nome da Raríssima, com o dinheiro que os Portugueses, tão generosamente entregam para esta instituição. 

PAR - Meu caro repórter, infelizmente eu ainda não atingi o estatuto de um certo individuo bem conhecido na nossa praça, que se pode dar ao luxo de comprar um carro de luxo, recorrendo ao empréstimo de apenas um único "Amigo". Por isso, enquanto não arranjar um amigo desses, tenho que diversificar as minhas fontes de solidariedade. É assim uma espécie de solidariedade em formato de crowdfunding, percebe? 

FN - E tem algo a dizer sobre o facto do actual Secretário de Estado Manuel Delgado, ter recebido 3000 euros mensais e haver rumores sobre uma certa intimidade aquando das vossas viagens de trabalho?

PAR - Não sei onde é que está o problema; o facto do homem ser delgado no nome, não que dizer que não possa ser grosso noutras coisas, nomeadamente no vencimento. 

FN - Mas o Secretário de Estado, diz que apenas lhe fornecia assessoria técnica.  

PAR - Claro, ele fornecia-me assessoria técnica e eu fornecia-lhe assessoria financeira. Isto aqui é assim: assessoria com assessoria se paga. 

Após a entrevista, o repórter da Fake News, ainda novato nestas andanças, perante a crueza destas respostas, estava em verdadeiro estado de choque e as únicas palavras que conseguiu balbuciar, para com os seus colegas de reportagem, foram as seguintes: 

"Chiça!!! E depois ainda dizem que os Piratas somos nós."